Postagens

  A CICLICIDADE DA CORRUPÇÃO NA LAVA JATO As revelações do modus operandi da Polícia Federal, dos seus delegados, dos procuradores de Curitiba - PR, dos juízes da Lava Jato, incluindo Desembargadores de Porto Alegre e ministros do Superior e do Supremo evidenciaram o combate a corrupção por meios corruptos e transgressores da Constituição de 1988. A pergunta "quem vem primeiro é o ovo ou a galinha" se faz alusão nesta reflexão. A mídia é mais que defensora da corrupção dos agentes do Estado na Operação Lava Jato. A mídia omite ou releva todos os males provocados pela Lava Jato a empresas brasileiras, trabalhadores, estatais e até a própria sociedade brasileira. A mídia omite as parcerias que antecederam todas as operações da Lava Jato com agentes estrangeiros da Suíça e dos Estados Unidos. Estas parcerias foram ilegais, a maioria delas. Este tipo de corrupção é "lesa pátria". Os agentes do Estado brasileiro ficaram a serviço do Estado e das empresas estrangeir
  A BURGUESIA BRASILEIRA TEM GENEROSIDADE? O cantor e compositor Crioulo notou que a cidade mais rica da América Latina e Caribe "não tem amor (em SP)", não tem generosidade, não tem caridade. Zygmunt Bauman ("A riqueza de poucos beneficia a todos?") explicou que a riqueza é parasitária. Ela não tem estímulos em partilhar o que ganhou. Ela tem pretensões de crescer cada vez mais e promover novos alvos/vítimas de sua predação. Jean Jaques Rousseau tratou sobre a propriedade privada e chegou as seguintes conclusões: Todo bem particular precisa promover benefício a sociedade seja por meio de impostos ou por sua própria existência e modo de ser. Dessa maneira, os impostos são formas do Estado equalizar estes benefícios a sociedade. Porém, quando a propriedade particular não promove benefícios a sociedade, para Rousseau, ela deve sofrer multas ou impostos mais caros. Peter Sloterdijk advogou pelo "posto", ou seja, que os donos das propriedades privadas pu
  A AMBIGUIDADE DO PECADO O pecado é um dos meios mais eficazes no controle e na dominação das pessoas religiosas. Esse controle se dá com a atitude de esconder (ou omitir) do pecado cometido. O pecado toma cada vez mais posse da liberdade da pessoa quanto mais ela esconde dele. O pecado é como aquela atitude que tem mais poder sobre a nossa vida quando omitimos a sua presença. Os estudos antropológicos e sociológicos evidenciam que quanto mais não percebemos ou não queremos notar a presença do nosso algoz mais ele tem controle sobre nós. O poder do pecado está justamente na sombra, na escuridão, na omissão e não na luz do dia. A ambiguidade do pecado é que o seu maior inimigo é justamente o enfrentamento e não a negação dele. Santo Inácio de Loyola construiu os "Exercícios Espirituais" para colocar o indivíduo diante de suas mazelas e supera-las. O pecado não pode ser exposto em praça pública. Ele deve ser exposto a alguém que tem meios intelectuais e espirituais para aj
  A ALEGRIA DO OUTRO É A NOSSA REALIZAÇÃO? A criança se alegra, quando os pais compram ou adquirem um produto ou conquistam determinados benefícios. Esta atitude é proveniente do próprio benefício da criança ao compartilhar com a família do produto ou benefício de maneira efetiva ou apenas emocional. Esta maneira de nos alegrarmos com a conquista do outro advém de uma cosmovisão religiosa, social e antropológica. Os bilionários estadunidenses usam o dinheiro da precarização dos direitos e até do bem-estar social dos trabalhadores para comprá-los. Zygmunt Bauman dizia que o indivíduo tem necessidade de "pertencer" a uma tribo. Esta necessidade emocional, antropológica e social torna o indivíduo vulnerável e submisso àqueles que fornecem os produtos e benefícios cheios de glamourizações. Eduardo Galeano (As veias abertas da América Latina) notou que a alegria do indivíduo com as conquistas do outro e este outro não é igual social e economicamente a você, é uma forma de ma
  QUEM ACABA COM O BRASIL? No dia 04 de agosto de 2021, o Presidente do Superior Tribunal Eleitoral Ministro Luiz Roberto Barroso imputou que a destruição da Democracia ocorre com os Primeiros Ministros e Presidentes do Poder Executivo ao instrumentalizar as autoridades e instituições do Estado.   Essa afirmação é uma verdade parcial. Não podemos cair no maniqueísmo e no puritanismo ao advogar um só autor como responsável por toda a destruição da Democracia de uma Nação. A destruição da Democracia de um país ocorre sempre com a ação de vários atores sociais, políticos, estatais e até empresariais. O caso específico do Brasil é longo e não começou com a campanha e muito menos com a eleição e exercício do governo Bolsonaro. Essa destruição da Democracia brasileira é algo entranhado na cultura do Brasil onde nota a corrupção somente nos empobrecidos e seus parceiros. Porque o Estado fiscaliza e ele está nas mãos da burguesia e esta burguesia escolhe os empobrecidos e seus parceiros